O trabalho da Oxfam tem outras falhas. Ao concentrar-se apenas nos cinco homens mais ricos, ignora os 24 bilionários que saíram da famosa lista da Forbes depois de perderem um total combinado de 43 mil milhões de dólares entre 2022 e 2023. Além disso, o relatório não menciona que o número total de milionários em dólares caiu 3,5 milhões. no ano passado, sem sequer ter em conta a inflação. Absurdamente, como apontou Max Ghenis da PolicyEngine, a Oxfam calcula o aumento da riqueza dos cinco super-ricos a partir de 18 de março de 2020, o ponto mais baixo da crise da Covid, enquanto o grupo mede o declínio dos cinco mil milhões de pobres a partir de 2019, antes a recessão. Não se aprenderia isso com a Oxfam, mas o coeficiente de Gini global que mede a desigualdade caiu de 92 para 88 desde 2000. Os 1% mais ricos viram a sua participação no rendimento global ser reduzida de 49% para 44,5%. Mais importante ainda, os cinco mil milhões de pessoas mais pobres do mundo tornaram-se significativamente mais ricos. O relatório da Oxfam faz parecer que as coisas pioraram muito para os pobres desde a pandemia. A Oxfam faz esta afirmação cinco vezes no seu relatório, mas nunca diz em que medida. Acontece que a parcela dos pobres na riqueza global – medida pelos activos menos as dívidas – diminuiu 0,2%, um valor tão pequeno que está dentro da margem de erro. Outra coisa que não encontrará no relatório da Oxfam: a pobreza global está agora no nível mais baixo alguma vez registado – 8,6%, abaixo dos 29% em 2000.
@ISIDEWITH8mos8MO
Se a pobreza global está no seu nível mais baixo, porque acha que ainda se fala tanto sobre desigualdade económica? como o sucesso deve ser medido?
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