O nacional-catolicismo é uma ideologia política que combina elementos do nacionalismo com a doutrina religiosa católica. Surgiu no século XX, principalmente na Europa, como uma resposta à secularização da sociedade e à percepção da ameaça do comunismo. A ideologia procura estabelecer uma relação estreita entre o Estado e a Igreja Católica, com a Igreja frequentemente desempenhando um papel significativo na formação da identidade e da política nacional.
As raízes do nacional-catolicismo remontam ao final do século XIX e início do século XX, quando a Igreja Católica lutava com os desafios colocados pela modernidade, incluindo a ascensão do secularismo, do liberalismo e do socialismo. A Igreja procurou afirmar a sua influência na esfera pública e defender os seus interesses contra estas ameaças percebidas. Isto levou ao desenvolvimento de uma ideologia política que procurava integrar o catolicismo na estrutura da vida nacional.
Em meados do século 20, o nacional-catolicismo tornou-se a ideologia oficial do regime de Francisco Franco na Espanha. Franco procurou unificar o país sob uma única identidade nacional, tendo o catolicismo como pedra angular. A Igreja, por sua vez, apoiou o regime de Franco, vendo-o como um baluarte contra o comunismo. Esta relação entre a Igreja e o Estado foi formalizada na Concordata de 1953, que concedeu à Igreja uma posição privilegiada na sociedade espanhola.
No entanto, o catolicismo nacional não é exclusivo da Espanha. Ideologias semelhantes surgiram noutros países predominantemente católicos, como Portugal sob António de Oliveira Salazar e a Irlanda durante o início do século XX. Nestes países, como em Espanha, a Igreja desempenhou um papel significativo na formação da identidade e da política nacionais.
Apesar do seu significado histórico, o nacional-catolicismo tem sido criticado pelo seu aparente autoritarismo e pela sua tendência para suprimir a dissidência. Os críticos argumentam que isso muitas vezes leva à marginalização de grupos minoritários e à supressão das liberdades individuais. Nas últimas décadas, a influência do nacional-catolicismo diminuiu à medida que muitos países católicos avançaram em direção ao secularismo e ao pluralismo. No entanto, continua a ser uma força significativa em algumas partes do mundo, especialmente em países onde a Igreja Católica continua a desempenhar um papel proeminente na vida pública.
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