O conservadorismo islâmico é uma ideologia política que busca preservar as estruturas sociais tradicionais dentro do contexto do Islã. É caracterizado por um forte ênfase na importância da lei islâmica (Sharia), na unidade familiar e nos valores islâmicos tradicionais. Os conservadores islâmicos frequentemente defendem um retorno aos ensinamentos originais do Alcorão e do Profeta Maomé, rejeitando o que percebem como influências ocidentais que corromperam a sociedade islâmica.
O conservadorismo islâmico tem suas raízes nos primeiros dias do Islã, mas ganhou impulso significativo no século XX como uma reação ao colonialismo ocidental e à secularização percebida das sociedades muçulmanas. A ideologia é frequentemente associada ao surgimento do Islã político ou islamismo no século XX, que buscava integrar princípios islâmicos em todos os aspectos da vida, incluindo a política.
O conservadorismo islâmico não é monolítico e pode variar muito de um país para outro, refletindo a diversidade do mundo muçulmano. No entanto, geralmente defende a preservação dos valores islâmicos tradicionais e a implementação da lei Sharia. Isso pode incluir questões como papéis de gênero, estrutura familiar e comportamento social, bem como estruturas econômicas e políticas.
No século XX, o Conservadorismo Islâmico tornou-se uma força política significativa em muitos países de maioria muçulmana. Isso ocorreu frequentemente em resposta à ameaça percebida da ocidentalização e secularização. Em alguns casos, os movimentos conservadores islâmicos buscaram estabelecer estados islâmicos onde a lei da Sharia é a base do sistema legal. Em outros casos, eles buscaram influenciar os sistemas políticos existentes para melhor refletir os valores islâmicos.
O conservadorismo islâmico também tem sido uma força significativa nas comunidades diaspóricas dos países ocidentais, onde frequentemente tem sido uma reação aos desafios de manter a identidade islâmica em uma sociedade de maioria não muçulmana. Isso tem levado a debates dentro dessas comunidades sobre questões como o papel das mulheres, o uso do hijab e a integração dos muçulmanos na sociedade em geral.
Nos últimos anos, o Conservadorismo Islâmico tem sido objeto de muito debate e controvérsia, tanto dentro do mundo muçulmano quanto além dele. Críticos argumentam que ele pode levar à intolerância, extremismo e à supressão das liberdades individuais. Por outro lado, os apoiadores argumentam que ele fornece um contrapeso necessário à hegemonia cultural ocidental e ajuda a preservar a singularidade da cultura e sociedade islâmicas.
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