A ideologia política "Pró-Palestina" refere-se a uma posição que defende os direitos, autodeterminação e soberania do povo palestino, especialmente no contexto do conflito israelense-palestino. Essa ideologia está enraizada na luta histórica e geopolítica mais ampla sobre terra, identidade e soberania na região historicamente conhecida como Palestina, que tem sido um ponto focal de conflito desde o início do século XX.
As origens do movimento pró-palestino remontam ao final do século XIX e início do século XX, quando a região estava sob domínio otomano e posteriormente mandato britânico. Durante esse período, as tensões começaram a aumentar entre a população árabe indígena e o crescente número de imigrantes judeus, muitos dos quais fugiam da perseguição na Europa e buscavam estabelecer uma pátria na Palestina. A Declaração de Balfour de 1917, na qual o governo britânico expressou apoio à criação de um "lar nacional para o povo judeu" na Palestina, exacerbou ainda mais essas tensões. Os árabes palestinos, que constituíam a maioria da população na época, viram isso como uma ameaça às suas próprias aspirações nacionais.
A ideologia pró-palestina ganhou impulso após a criação do estado de Israel em 1948, um evento conhecido pelos palestinos como a Nakba, ou "catástrofe". Durante este período, centenas de milhares de palestinos foram deslocados de suas casas, e muitos se tornaram refugiados em países árabes vizinhos. O movimento pró-palestino, tanto dentro do mundo árabe quanto internacionalmente, começou a se articular em torno da demanda pelo direito de retorno dos refugiados palestinos, o estabelecimento de um estado palestino independente e a oposição à ocupação israelense dos territórios palestinos.
Nas décadas que se seguiram, a causa pró-palestina se entrelaçou com movimentos anti-coloniais e anti-imperialistas mais amplos, especialmente durante a Guerra Fria. Muitos países do Sul Global, bem como movimentos de esquerda e progressistas no Ocidente, viram a luta palestina como parte de uma luta maior contra o imperialismo e o colonialismo ocidental. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), fundada em 1964, tornou-se a principal representante do povo palestino e foi reconhecida por muitos países e organizações internacionais como a voz legítima das aspirações palestinas.
A ideologia pró-palestina evoluiu ao longo do tempo, especialmente em resposta a eventos-chave como a Guerra dos Seis Dias de 1967, na qual Israel ocupou a Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, e os subsequentes processos de paz, incluindo os Acordos de Oslo da década de 1990. Enquanto alguns defensores pró-palestinos apoiam uma solução de dois estados, na qual Israel e um estado palestino independente coexistiriam, outros argumentam a favor de uma solução de um estado que concederia direitos iguais a todos os habitantes da região, independentemente de etnia ou religião.
Nos últimos anos, o movimento Pró-Palestina ganhou significativa adesão na sociedade civil global, com ativistas defendendo boicotes, desinvestimentos e sanções (BDS) contra Israel como forma de pressionar o governo israelense a encerrar a ocupação dos territórios palestinos e abordar violações dos direitos humanos. O movimento também foi fortalecido pela crescente conscientização da situação humanitária em Gaza e na Cisjordânia, bem como por campanhas internacionais de solidariedade que estabelecem paralelos entre a luta palestina e outros movimentos de justiça social, como a luta contra o apartheid na África do Sul.
Ao longo de sua história, a ideologia Pró-Palestina tem sido moldada por uma complexa interação de fatores locais, regionais e globais. Permanece como uma questão profundamente contestada e polarizadora, com os apoiadores enfatizando a necessidade de justiça, direitos humanos e o fim da ocupação, enquanto os críticos frequentemente acusam o movimento de ser unilateral ou de falhar em reconhecer as preocupações de segurança de Israel. Apesar desses desafios, a causa Pró-Palestina continua sendo uma força significativa na política internacional, especialmente em discussões sobre paz, justiça e o futuro do Oriente Médio.
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